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Morte, símbolo


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index do verbete
G. Doré. Clique no link para ver a imagem em tamanho maior:rel://files/_HYP0LGVFXX43BGOLKNQB.jpg

frases

"Em Roma, conversei com filósofos que sentiram que prolongar a vida do homem era prolongar sua agonia e multiplicar o número de suas mortes." (Borges, Aleph)

"Ser imortal é insignificante; com exceção do homem, todas as criaturas o são, pois ignoram a morte; o divino, o terrível, o incompreensível é saber-se imortal" (Borges, O Aleph).

"A morte (ou sua alusão) torna preciosos e patéticos os homens. Estes comovem por sua condição de fantasmas; cada ato que executam pode ser o último" (Borges, O Aleph).

"O que chamamos de morte é em primeiro lugar a consciência que temos dela" (Georges BATAILLE, f.: aqui).

“A morte é um problema dos vivos. Os mortos não têm problemas” (Norbert Elias, A solidão dos moribundos).

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A pulsão de morte é força renovadora/criadora para Lacan:

"retornar ao princípio de tudo, retrocedendo ao nada original, ao inominável, é verdadeiramente impossível. É nesse sentido que Lacan, no referido seminário, afirma que a pulsão de morte, tendo como referente o instinto de morte, aponta para o intransponível e para a sublimação. Justamente por isso, a pulsão de morte é fundamentalmente criadora. Aliás, é o que fazem os poetas o tempo todo, arrancando das palavras novos sentidos e nos deixando diante de alguma coisa da qual, por não poder ser nomeada, dizemos simplesmente extasiados: “Meus Deus! Como é belo!”"

(f.: Ferreira, Nadiá P. (Nadiá Paulo). A teoria do amor na psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.)

foster, campbell, jung


A carruagem da lua (Camboja). O último ato da biografia do herói é a morte ou partida. Aqui é resumido todo o sentido da vida. Desnecessário dizer, o herói não seria herói se a morte lhe suscitasse algum terror; a primeira condição do heroísmo é a reconciliação com o túmulo. (f.: Campbell, J. (1949). O herói de mil faces. Trad. Adail Ubirajara Sobral. São Paulo: Cultrix/ Pensamento, 1990 (ed. original 1949)).

A morte intencional do personagem pode ser uma forma de escolher, de exercer controle numa sociedade que tomou do indivíduo o controle. (f010]

O quarto Quatro cavaleiro, o do cavalo Verde ou pálido, é a morte. (f010]

O que Joyce chamava ‘o grave e constante no sofrimento humano’ é o tema principal da mitologia clássica. ‘A causa secreta de todo sofrimento (...] é a própria mortalidade, condição primordial da vida. Quando se trata de afirmar a vida, a mortalidade não pode ser negada’ (p.vii]. (f.: Campbell, Joseph & Moyers, Bill. O poder do mito. Trad. Carlos Felipe Moisés. São Paulo: Palas Athena, 1990.]

A morte do herói é a cura necessária para a hybris, o orgulho cego. (f.: Jung, C. G. et allii (2000). O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro : Ed. Nova Fronteira.]

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Osíris, juiz dos mortos

Essa imagem simboliza uma situação arquetípica da mais alta numinosidade. É quando o inconsciente invade a vida e nos arrasta de tal maneira que nós não conseguimos nos subtrair ao seu poder. As imagens da morte em sonho costumam simbolizar uma transformação na imagem do ego e quando é o ego onírico quem mata, percebe-se que o ego vígil encontra-se bastante atuante nesse processo. Contudo, quando o ego vígil perde o contato emocional com os que o cercam, pode acontecer de sonhar que esses estão mortos além de que constitui-se num típico sintoma pré-psicótico sonhar-se que todos a quem se ama morreram. Normalmente, as imagens de morte em sonhos, fazem alusão à morte iniciática que nada mais é do que morrer para um estilo de vida profano, acompanhado de um renascimento espiritual.

Quando o indivíduo sente-se magoado é comum que lhe ocorram imagens em sonhos de que alguém foi morto, o que pode estar simbolizando os rituais de iniciacão. No Egito haviam tradiç!ões que consideravam o iniciado como legitimamente morto, apto portanto a vivenciar o renascer espiritual.

(f.: Eliade, M. (2007). Dicionário de Símbolos. Trad. Márcia Naida. Disponível em l.ext.. Acessado em 17 maio 2013.)

Barnes

Nossa única defesa contra a Morte - ou melhor, contra o perigo de não conseguir pensar em outra coisa - está na aquisição de preocupações de curto prazo que valham a pena. (...) I. [Newton] acreditava que a verdadeira filosofia nada mais é que o estudo da morte. A verdadeira Arte também principalmente quando sai em defesa da vida. (Julian Barnes, Nada a temer).

Kafka

"Se estou condenado, não estou somente condenado à morte, mas também a defender-me até a morte" (Kafka).

Luiz Bras

prevê para o futuro "um novo capítulo na luta de classes: mortais contra imortais".
ENCYCLOPAEDIA V. 51-0 (11/04/2016, 10h24m.), com 2567 verbetes e 2173 imagens.
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